quarta-feira, 5 de junho de 2013

Situação de aprendizagem elaborada pelo meu grupo durante o curso presencial



Imagens de aeroporto de São Paulo



No aeroporto
Carlos Drummond de Andrade
Viajou meu amigo Pedro. Fui levá-lo ao Galeão, onde esperamos três horas o seu quadrimotor. Durante esse tempo, não faltou assunto para nos entretermos, embora não falássemos da vã e numerosa matéria atual. Sempre tivemos muito assunto, e não deixamos de explorá-lo a fundo. Embora Pedro seja extremamente parco de palavras, e, a bem dizer, não se digne de pronunciar nenhuma. Quando muito, emite sílabas; o mais é conversa de gestos e expressões, pelos quais se faz entender admiravelmente. E o seu sistema.     
Passou dois meses e meio em nossa casa, e foi hóspede ameno. Sorria para os moradores, com ou sem motivo plausível. Era a sua arma, não direi secreta, porque ostensiva. A vista da pessoa humana lhe dá prazer. Seu sorriso foi logo considerado sorriso especial, revelador de suas boas intenções para com o mundo ocidental e oriental, e em particular o nosso trecho de rua. Fornecedores, vizinhos e desconhecidos, gratificados com esse sorriso (encantador, apesar da falta de dentes), abonam a classificação.
                Devo dizer que Pedro, como visitante, nos deu trabalho; tinha horários especiais, comidas especiais, roupas especiais, sabonetes especiais, criados especiais. Mas sua simples presença e seu sorriso compensariam providências e privilégios maiores. Recebia tudo com naturalidade, sabendo-se merecedor das distinções, e ninguém se lembraria de achá-lo egoísta ou importuno. Suas horas de sono - e lhe apraz dormir não só à noite como principalmente de dia - eram respeitadas como ritos sagrados, a ponto de não ousarmos erguer a voz para não acordá-lo. Acordaria sorrindo, como de costume, e não se zangaria com a gente, porém nós mesmos é que não nos perdoaríamos o corte de seus sonhos. Assim, por conta de Pedro, deixamos de ouvir muito concerto para violino e orquestra, de Bach, mas também nossos olhos e ouvidos se forraram à tortura da tevê. Andando na ponta dos pés, ou descalços, levamos tropeções no escuro, mas sendo por amor de Pedro não tinha importância.  
              Objetos que visse em nossa mão, requisitava-os. Gosta de óculos alheios (e não os usa), relógios de pulso, copos, xícaras e vidros em geral, artigos de escritório, botões simples ou de punho. Não é colecionador; gosta das coisas para pegá-las, mirá-las e (é seu costume ou sua mania, que se há de fazer) pô-las na boca. Quem não o conhecer dirá que é péssimo costume, porém duvido que mantenha este juízo diante de Pedro, de seu sorriso sem malícia e de suas pupilas azuis - porque me esquecia de dizer que tem olhos azuis, cor que afasta qualquer suspeita ou acusação apressada, sobre a razão íntima de seus atos.  
              Viajou meu amigo Pedro. Fico refletindo na falta que faz um amigo de um ano de idade a seu companheiro já vivido e puído. De repente o aeroporto ficou vazio.

LEITURA E DISCUSSÃO DO TEXTO; NO AEROPORTO ELABORADA PELO MEU GRUPO NO CURSO PRESENCIAL

-Distribuir os textos xerocados para os alunos
-Começar questionando pelo título do texto
-O que vocês acham?Qual é o assunto de um texto com esse nome?
-Quem estava no aeroporto?
-O que é um aeroporto?
-Quem estava no aeroporto?
-Quem será que é Pedro?

Agora responda as questões abaixo:
1) Quem era Pedro?
a)(   ) um morador
b)(   ) um visitante
c)(   ) um hospede
d)(   ) um vizinho

2) Quanto tempo Pedro ficou na casa do amigo?
a)(   ) uma semana
b)(   ) três meses
c)(   ) dois meses e meio
d)(   ) três semanas

3) Por que Pedro tinha horários, comidas ,roupas, sabonetes e criados especiais.Ele era um:
a)(   ) Velho
b)(   ) um deficiente
c)(   ) um bebê
d)(   ) um cachorrinho

4) Quantos anos tinha Pedro?
a)(   ) dez anos
b)(   ) cinco anos
c)(   ) um ano
d)(   ) três anos

5) O que Pedro fazia que conquistava todo mundo?
a)(   ) Sorria
b)(   ) brincava
c)(   ) gritava
d)(   ) pegava objetos

6) De repente o aeroporto ficou "vazio."O que você entende por vazio na história?


7) Que tipo de narrador é o texto?
a) (   ) narrador-personagem (1ª pessoa)
b) (   ) narrador-obsevador(3ª pessoa)

8) Encontre no texto os elementos da narrativa:

tempo:
personagens:
lugar:
enredo: (Conte com a história do texto com as suas palavras)
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9) Agora é a sua vez: Criem um personagem, façam a descrição física e psicológica e depois inventem uma história sobre eles.
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VERA LUCIA DE SANTIS ARANTES PEREIRA (COMO APLIQUEI A SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM ACIMA)
           Eu gostei  muito do módulo 1, houve uma boa interação entre os colegas do grupo e entre os colegas da classe, troca de experiências, cada um fez a sua parte participando, ajudando a preparar a aula a ser dada sobre o texto; No Aeroporto de Carlos Drummond de Andrade. Eu apliquei a aula preparada sobre o texto no 6º ano supletivo. Comecei com questionamento sobre o titulo, depois li um trecho e questionei eles sobre quem era Pedro? Cada um achava uma coisa, um falou que era um deficiente, outro disse que era um velho, já as mulheres deduziram logo que se tratava de um bebê. Terminei de ler o texto, questionei sobre o tipo de narrador, então passei seis questões tipo saresp, de colocar x em apenas uma. Pedi que eles explicassem o que ficou vazio, o que o autor quis dizer com isso?  Passei uma outra questão onde eles tinham que encontrar os elementos da narrativa com: tempo, lugar, espaço, personagens e enredo. E por último pedi que fizessem uma produção de texto: criando um personagem com discrição fisica e psicológica e inventassem uma história sobre ele. Eles gostaram muito dessa aula e eu também.







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